OPINIÃO


SIMONE VIEIRA


Jornalista
Formada em Comunicação Social - Radialismo (Unoesc/Joaçaba). Formada em Jornalismo (UnC/Concórdia). Pós-Graduada em Análise, Escritura e Reescritura Textual (URI/Erechim). Pós-graduada em Marketing e Vendas pela FACC. Formada em Direito pela FACC.





Mulheres na batalha do dia a dia


A luta te fortalece

Adicionado em 08/03/2023 às 16:20:33

Em nosso jornalismo temos uma escala de publicações da coluna de opinião e hoje, Dia Internacional da Mulher, caiu justamente no meu dia, coincidências não existem. Todos os meus colegas sabem que não gosto e estou sendo sincera, de emitir minha opinião sobre muita coisa. Sou adepta a pacificações, mediação de conflitos, utilidade pública, exposição de fatos e dados para que o leitor tire suas próprias conclusões. 

Em minha vida não tive muito espaço para discutir esse tema, “Dia da Mulher”, até porque na minha casa, tive influência de um pai muito à frente de seu tempo, que nunca fez diferenciação na criação de homens e mulheres. Ele criou seres humanos, que lutam, que batalham, não importando o sexo.  Jogava futebol comigo, minha irmã e meu irmão, todos juntos quando tinha tempo. Me levava assistir partidas de futebol do Grêmio Esportivo Lírio aos domingos à tarde (Que fique claro aqui que nem por isso virei Gremista, seu Sarmento é Colorado, e dona Vilma -  Gremista, é difícil escolher um lado).

Ao contrário, por sermos mulheres, meu pai fez questão de plantar e adubar essa semente na minha mente e de minha irmã, eu ouvi isso, boa parte da minha vida: “Vocês vão crescer, vão estudar, vão ser independentes, nem que pra isso eu tenha que .....”
Minha mãe é o amor incondicional, a calma, a doçura. Sempre falou sobre respeito, valorização. Foi assim que eu fui “talhada”. Nunca se ouviu lá em casa alguém falando sobre preconceito no mercado por ser mulher, salários menores, assédio. É óbvio que isso existe em muitos locais de trabalho, mas meu foco sempre esteve na batalha, na conquista, onde eu queria chegar, sem extinguir meus valores e minha dignidade.

Honro muitas mulheres que me antecederam. Elas não tiveram instrução, não tiveram um genitor incrível que as incentivassem, muitas sofreram violência doméstica, psicológica, violência moral e patrimonial. Muitas “aguentaram” muita coisa em nome dos filhos e por não ter opção mesmo, econômica, uma carreira, um emocional resiliente. As histórias delas impulsionam as nossas, pra que lembremos de agradecer e honrar o que já foi conquistado em termos de direitos inclusive.

Os papeis hoje estão um tanto quanto confusos em nossa sociedade. Acredito que isso possa se dissipar quando tratarmos a todos com dignidade, respeito e equidade, não importando seu sexo, sua designação, mas sim, como podemos com nossos perfis e habilidades contribuir para uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Imagem de Pexels por Pixabay 



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