OPINIÃO


SIMONE VIEIRA


Jornalista
Formada em Comunicação Social - Radialismo (Unoesc/Joaçaba). Formada em Jornalismo (UnC/Concórdia). Pós-Graduada em Análise, Escritura e Reescritura Textual (URI/Erechim). Pós-graduada em Marketing e Vendas pela FACC. Formada em Direito pela FACC.





Empatia com os autistas


Mês de abril trabalha a conscientização em relação as pessoas com Transtorno de Espectro Autista

Adicionado em 19/04/2023 às 10:22:56

O Transtorno de Espectro Autista não é considerado uma doença porque não tem cura, mas um transtorno do neurodesenvolvimento. A partir dos 8 meses de vida, os pais podem observar se  o bebê não tem o contato olho no olho na hora da amamentação, não interage quando chamam seu nome. Tem atraso ou ausência de fala, balança muito os bracinhos, o tronco, demora para andar, engatinhar. A criança pode apresentar  hipersensibilidade para cortar o cabelo, escovar os dentes, andar com os pés na grama, manusear massinha, pode ter seletividade nos alimentos, entre outros sintomas.

O diagnóstico pode demorar para ser fechado pois não existe um exame laboratorial que possa ser feito, mas sim uma observação de comportamentos. E isso ocorre com vários profissionais como psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, neuropediatras, entre outros. 

A criança pode apresentar o transtorno sob três níveis: leve, moderado e grave. Muitos adultos podem ter autismo e não foram diagnosticados. Para isso, existem avaliações neuropsicológicas que podem ser aplicadas.  Têm autistas que são sociáveis, tem aqueles que se sentem super bem em não ter amigos. Tem autistas que são muito afetivos, gostam de apego.  Alguns não possem controle inibitório, quando ele bate, grita, pra ele alguma coisa está desorganizada. Eles não conseguem expressar como uma criança típica os sentimentos. 

Se você observar em locais públicos ou nos círculos sociais onde você está inserido, comportamentos que podem sugerir que a criança ou adulto tenha autismo, procure compreender e tratar com respeito.  Se a criança ou adulto não interagir com você, não force o contato. Em eventos promovidos em sua casa ou locais públicos, onde você sabe que possuem crianças ou adultos autistas, procure criar ambientes tranquilos, com redução de ruídos e barulhos. se você observar uma criança tendo uma crise em locais como supermercados, procure guardar seu olhar de julgamento, pode não ser “birra” de criança, ofereça seu lugar na fila do caixa, entre outros cuidados. 

Quando a família, a escola, a comunidade, se envolve e ajuda, o prognóstico é muito bom. Os sintomas do autismo são amenizados de forma muito significativa e as crianças  e adultos têm uma qualidade de vida muito boa. As evoluções dos sintomas são bem reduzidos, alguns até podem desaparecer. 

Imagem: Ministério da Saúde



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