Quando o telefone do Corpo de Bombeiros Voluntários de Lindoia do Sul toca, normalmente é para atendimento pré-hospitalar, aquele quando uma pessoa passa mal e são chamados os bombeiros. Esta é a principal ocorrência atendida diariamente pela corporação, com uma média de três chamadas por dia. Mas, apesar de conseguir realizar os atendimentos com tranquilidade, a equipe gostaria de ter mais pessoal à disposição.
Conforme o comandante da corporação voluntária de Lindoia do Sul, Marcos Calescura, atualmente a unidade daquele município conta com cinco veículos entre ambulância e resgate, além de quase 30 bombeiros. “A gente possui um número de 26 bombeiros formados hoje, entre voluntários e efetivos. Mas a gente vai ampliar”, explica o comandante.
No entanto, este número não é o ideal pois há uma defasagem. Por isso, uma nova turma deverá iniciar formação em breve. “Esse ano a gente vai lançar outro edital para formação de nova turma, porque a gente esbarra na questão de motoristas habilitados para tal função. A gente tira 10 ou 12 que não estão habilitadas. O objetivo é abrir outra escola e formar pessoas habilitadas”, diz.
Sem reclamar da situação financeira, que é, como na maior parte das corporações da região, tranquila mas apertada, o comandante lembra que o governo do Estado ainda não repassou à Associação dos Bombeiros Voluntários de Santa Catarina (Abvesc) os recursos do ano, que fazem falta para o dia a dia. “É um fator que requer demanda pra gente. Investimentos em equipamentos e materiais que envolvem valor mais alto, a gente depende do Estado. A gente tem gasto elevado com folha de pagamento e combustível”, comenta.
A equipe hoje se mantém com ajuda do poder público, mesmo que em falta de repasse do Estado, além da comunidade, através da fatura da energia elétrica e também de promoções feitas rotineiramente. O gasto mensal da corporação é de quase R$ 1000, valor considerado elevado. Em se tratando de equipamentos, a equipe diz que precisaria de materiais para mergulho e incremento no combate a incêndio.