Assim como em 2019, Concórdia não terá novamente Carnaval em 2020. Um impasse entre a Liga Independente das Escolas de Samba de Concórdia (LIESC) e a administração municipal vai deixar o município pelo segundo ano seguido sem a realização do evento, que vinha, desde o início da década, em uma crescente. A decisão, tomada pela Liga, foi anunciada na tarde desta terça-feira, dia 27.
Vários fatores desencadearam esta definição. Conforme informaram dirigentes da Liesc, a Fundação de Cultura estabeleceu diversas normas para que o Carnaval do ano que vem saísse. A maioria delas, segundo a Liga, não era plausível de ser realizada. A principal era que as agremiações e a entidade que as representa deveria investir em 2021 o mesmo valor que a prefeitura viria a investir em 2020 para a realização da festa.
Entre os outros itens que constavam no documento da administração para a Liga estava que as escolas deverão apresentar detalhes de como seria a apresentação na Rua Coberta; Que os temas dos desfiles fossem sobre a cultura concordiense; deveriam apresentar um plano de ação para o Carnaval 2021; apresentar prestação de contas; inscrever o evento na Lei Rouanet; apresentar números sobre ocupação em hotelaria e restaurante após o evento.
O presidente da Liga, Neuri Garghetti, disse que a equipe buscou alternativas, como reduzir número de componentes da agremiações. "Depois de várias tratativas, não chegamos a um acordo. E infelizmente, com esse valor, a Liga organizar todo o desfile, repassar dinheiro para escolas, como eles estão pedindo, é impossível. Fica inviável fazer carnaval", destacou ele.
Diante da não realização da festa, a Liga sugeriu, em resposta ao executivo, que todo o valor que seria aplicado nos desfiles de Carnaval do ano que vem sejam investido no setor de saúde de Concórdia, em especial para cirurgias no Hospital São Francisco. "Sugerimos que esse valor seja colocado na saúde, para média e alta complexidade das cirurgias ortopédicas. Protocolamos na prefeitura e na Câmara", disse.