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Em coletiva, Liga confirma que Concórdia não terá desfiles em 2020


Equipe do carnaval e prefeitura tiveram impasses durante as tratativas para o evento.

Por Luan de Bortoli
02/09/2019 às 13h59 | Atualizada em 03/09/2019 - 08h50
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Na manhã da desta segunda-feira, dia 02, a Liga Independente das Escolas de Samba de Concórdia (LIESC) e a direção das três agremiações concordienses organizaram uma coletiva de imprensa na Câmara de Vereadores para confirmar a não realização dos desfiles de Carnaval para 2020, conforme a emissora havia informado na semana passada.

O presidente da Liga, Neuri Garghetti, lamentou a forma como a negociação para o evento terminou e disse, em entrevista, que acredita que as agremiações não voltarão mais a desfilar. “Quem perde é o município, porque o nosso carnaval de avenida estava entre os melhores de Santa Catarina. A gente vem perdendo espaço. Infelizmente, eu acredito que a gente não consiga mais colocar na avenida as escolas”.

O presidente ainda disse que a prefeitura desconhece como o evento é feito. “Temos o item 10, ‘a definição de qual será o papel da liga, já que serão as escolas que vão organiza o carnaval. Eles desconhecem o todo, porque foi a Liga que sempre organizou, que foi buscar recursos, que colocou arquibancada. Então eu vejo que eles não têm conhecimento total do nosso carnaval”, disse ele.

O recurso de mais de R$ 100 mil que seria investido no evento do ano que vem deverá ser aplicado na saúde, como destaca Márcio Santos. “Esse ano, a gente decidiu junto com vereadores, Liga, esses R$ 110 mil, vamos doar esse dinheiro para a saúde. A cirurgia ortopédica está com um grande problema. Então a gente pede pra prefeitura para doar para a saúde”.

Membro da Liga e presidente de escola de samba, Ronaldo Ritter lamentou a forma como as pessoas tratam o carnaval. “Acho uma pena, porque tem gente que gosta do carnaval, como tem gente que não gosta. A gente se empenha o ano todo, para o público, não é para nós. A gente busca para sociedade. Aí fica essa coisa na sociedade, que ninguém sabe o que tá falando. Concórdia já não tem nada para se divertir, aí a gente tem uma cultura, que as pessoas dizem que não é, porque Carnava é cultura sim”, pontuou.

Vários fatores desencadearam esta definição. Conforme informaram dirigentes da Liesc, a Fundação de Cultura estabeleceu diversas normas para que o Carnaval do ano que vem saísse. A maioria delas, segundo a Liga, não era plausível de ser realizada. A principal era que as agremiações e a entidade que as representa deveria investir em 2021 o mesmo valor que a prefeitura viria a investir em 2020 para a realização da festa.

Entre os outros itens que constavam no documento da administração para a Liga estava que as escolas deverão apresentar detalhes de como seria a apresentação na Rua Coberta; Que os temas dos desfiles fossem sobre a cultura concordiense; deveriam apresentar um plano de ação para o Carnaval 2021; apresentar prestação de contas; inscrever o evento na Lei Rouanet; apresentar números sobre ocupação em hotelaria e restaurante após o evento.

Na semana passada, presidente da Liga havia dito que a equipe buscou alternativas, como reduzir número de componentes das agremiações. "Depois de várias tratativas, não chegamos a um acordo. E infelizmente, com esse valor, a Liga organizar todo o desfile, repassar dinheiro para escolas, como eles estão pedindo, é impossível. Fica inviável fazer carnaval", destacou ele.




01 COMENTÁRIO
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Alceu Matiollo comentou em 02/09/2019 as 17:21:49
Como diz o Gaucho, quer engrachar a faca, se compre o proprio sebo.



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