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Expo Concórdia

Em entrevista à emissora, prefeito e coordenadora da Expo fazem avaliação final do evento


Mais de 340 mil visitantes e R$ 100 milhões em negócios.

Por Luan de Bortoli
16/09/2019 às 13h03 | Atualizada em 17/09/2019 - 08h13
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O prefeito Rogério Pacheco e a Coordenadora Geral da Expo Concórdia, Édila Souza, concederam uma entrevista à reportagem da emissora na manhã desta segunda-feira, dia 16, para fazer um balanço geral sobre o evento. A Expo reuniu, em dez dias, 343 mil visitantes, conforme números confirmados nesta segunda. Em negócios, os números devem passar dos R$ 100 milhões. A confirmação deve ocorrer nesta semana ainda.

Para Pacheco, todos os aspectos funcionaram e, por isso, o evento teve avaliação positiva de todos. "A gente observava no semblante das pessoas, colocando sobre a organização, segurança, sobre os shows. Os expositores nos ajudaram, para diminuir o investimento feito. E a sociedade colaborou, porque a partir do momento, que as pessoas visitaram, e pelas informações que tivemos, os empresários nunca fizeram tanto negócio dentro de uma feira como na Expo Concórdia. A feira vai acabar se pagando".

Pacheco lembra ainda que a Expo conseguiu levar o nome do município para outros locais do mundo. "Outro aspecto importante é a visibilidade que Concórdia teve, não só em Santa Catarina, não só no Brasil, mas fora dele. Tivemos muitas pessoas que vieram de fora do Brasil participar, e elas estão levando essas mensagens. O dr. Luis Furlan é um, o Gilberto Tomazoni, o Conrado. Teve o prefeito da Itália, competidores da robótica".



Shows

"É um assunto que a gente sentou e conversou. Havia algumas dúvidas, mas a partir do momento que a gente tomou a decisão, e foi em junho ou julho do ano passado, e a gente seguiu em frente. Houve uma pesquisa, e isso foi determinante para a questão do valor ser o menor possível para a contratação. Vou dar um exemplo: se fosse contratar hoje, seria R$ 500 mil. Na época, foi R$ 250. Houve um planejamento", disse Pacheco.

"E o mais importante é fazer a Expo pensando nas pessoas. O princípio da isonomia, da igualdade, foi uma coisa determinante para não cobrar o ingresso. A gente sabe que metade das pessoas que circularam no parque não teriam condições de ir lá pagar uma entrada e depois ainda ter que se alimentar. Foi muito importante, a gente deu oportunidade para todas as classes", pontuou.

"Deu certo sim [a Anitta], porque ela causa polêmica e ao mesmo tempo ela nos ajudava a divulgar. Mas surpreendeu sim, porque eu vi bebes com chupeta no colo dos pais curtindo o show. Até a própria artista deu prioridade para receber crianças. A crítica vinha em torno de shows, em especial dela, mas acredito que ficou a contento de todos", comentou a coordenadora geral.

Organização

"Desde o princípio a gente tinha a ideia de que deveria ser uma das maiores Expos. O desafio começou pelo slogan, porque haveria divergências de que poderia não ser favorável o ‘Inesquecível’. Mas a gente se desafiou, buscou outras feiras. Visitei outras, fui a Erechim, e a gente tentou fazer algo diferenciado”, disse Édila.

"Mas eu acho que o que a Expo ganhou é que ela agregou vários eventos, então ela se tornou maior por isso. Não é apenas uma Expo Feira, a gente levou vários públicos e isso levou novos públicos. A questão da robótica, a gente levou vários jovens, que se fosse apenas uma feira, não iriam. Teve o agronegócio, que é a base, não teria como deixar de fora.

"E eu acredito que a região comprou a ideia. As palestras, então os eventos agregaram muito, e a gente planeou lá atrás. Desde a estrutura, como as pessoas iam circular no parque. A gente pensou em dar movimento no parque. Então, tudo onde ficou, foi planejado".

Público

"Muito positivo, superou sim. Tínhamos a estimativa de 250 mil, mas ultrapassou. E isso, para nós, foi muito importante, porque demonstrou que a população aprovou a Expo, sobre vários aspectos, como segurança, organização, envolvimento. A gente ficou muito feliz, porque representa tudo aquilo que foi planejado”, comemora o prefeito.

Segurança

"Tudo funcionou muito bem. Essa foi também nossa grande surpresa, de não ter problemas nem médios, foram perdas, extravio de documentos. E era uma apreensão de toda a comissão, por conta do público que esteve lá. E não aconteceu praticamente nada. Acho que a população foi para fazer a festa, tranquila, e também todo o aparato. A gente tinha cerca de 80 homens de segurança privada, além da polícia militar, civil, bombeiros, nosso departamento de trânsito também foi importante. 

"E, principal, a população comprou a ideia de ir de ônibus, viu que não tinha jeito mesmo. A gente dizia desde o princípio, o parque ficou pequeno, se a gente der espaço para expositores, não teremos locais para estacionamento. O único dia que deu mais trânsito foi o sábado, mas foram 79 mil pessoas, não tinha como ão acontecer nada. E ainda tivemos o monitoramento de mais de 70 câmeras", pontuou Édila.

Negócios

"Chegamos a estimar R$ 80 milhões. Entretanto, as informações que temos, ainda preliminares, é que passe de R$ 100 milhões. Então, isso está sendo muito importante. A Expo foi vista como um grande investimento, tem recurso público nisso, os expositores e patrocinadores ajudaram a diminuir o valor dos investimentos. E isso vai se retornar dentro dos negócios dentro da Expo,e outros que já foram prospectadores para depois da Expo.

"Mas o resultado final disso é que a Expo se pagou, e ao mesmo tempo, ela colocou Concórdia em um cenário ainda maior. A visibilidade que deu a Concórdia, e é no estado inteiro. Isso é um ponto muito importante, porque as pessoas começam a olhar de um jeito diferente. Concórdia precisava respirar, e ter essa energia”, finalizou o prefeito.




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