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Agropecuária

Preço do suíno pago ao produtor tem 1º aumento do ano nesta quarta


Setor passa por um dos melhores momentos dos últimos anos.

Por Luan de Bortoli
04/03/2020 às 06h29 | Atualizada em 04/03/2020 - 08h21
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Passados dois meses de 2020, e superado o carnaval, o ano começa de fato. Para o setor da suinocultura, esta é uma verdade na prática, pelo menos no que diz respeito ao preço pago pelo quilo do suíno vivo. É que a Cooper Central Aurora anunciou para esta quarta-feira, dia 04, o primeiro aumento do ano no valor do produto pago ao produtor. O acréscimo é de dez centavos.

Conforme as informações anunciadas pela empresa, o novo valor será de R$ 4,30, contra os R$ 4,20 praticados desde 25 de novembro do ano passado. Este aumento segue a alta histórica alcançada em 2019. Em novembro, quando o valor atingido foi de R$ 4,10, o setor comemorou o maior preço já pago ao produtor, confirmando um dos melhores momentos para os suinocultores.

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio de Lorenzi, analisa a melhora no preço. “Com a demanda toda que tivemos, em especial daChina, que houve procura muito grande por importação da carne suína de Santa Catarina, pelo diferencial que temos, fez com que o preço subisse bastante. Hoje temos também os EUA e Japão como quinto e sexto na exportação”. 

O presidente destaca, no entanto, que também houve altas no custo do produtor. “Outra coisa que temos que olhar é o preço dos grãos, que tem subido, com o dólar a 4,50 todos os dias, os produtos também são importados para a produção de suínos, o que traz um custo maior para o produtor. Apesar de estar bom o preço, mas diminuiu a margem de lucro pelo alto custo de produção”.

Bom momento, mas com disparidades

Lorenzi lembra ainda que este é um dos melhores períodos já vividos pelos produtores nos últimos anos. “Eu acredito muito que vai ser um ano muito promissor. Teremos anos promissores, desde que resguardada a sanidade do nosso rebanho. E é isso que precisamos cada vez mais olhar, a sanidade, para a gente continuar atendendo esse mercado mais exigente, e, claro, sempre levando para o nosso consumidor produto de extrema qualidade”.

Apesar do período positivo, ainda há disparidades no setor se comparado com o mercado independente, frisa o presidente. “Eu vejo que temos muito a melhorar dentro dessa questão de integração preço pago ao produtor, quando comparado com o mercado independente. Hoje, o mercado independente está numa média de R$ 5,60 na região Oeste, R$ 5,60 na região Sul. E isso dá uma diferença de um real quando se faz essa comparação”.

Os demais frigoríficos também deverão reajustar o preço pago ao produtor nos próximos dias. A expectativa do setor é que o ano continue com bons resultados e, especialmente, preço em alta para os produtores. Há uma tendência de que nos próximos meses o valor passe por outros reajustes. 




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