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Com dívidas, ONGs protetoras de animais passam por dificuldades em Concórdia
ConAnimal e AMA Palmira Gobbi enfrentam problemas no trabalho diário.
A vice-presidente da ConAnimal, Carine Soares, conta que a ONG precisou suspender os resgates temporariamente até sanar todas as dívidas. A entidade tem como pendências financeiras cerca de R$ 30 mil. O valor vem se acumulando nos últimos meses. Durante a pandemia, o serviço aumentou e a ajuda diminuiu. A ação somente retornará depois que a dívida for sanada.
“Nós resolvemos, este mês, encerrar os atendimentos de resgate, porque estamos com dívida de R$ 30 mil. Acabou que ficou impossível a gente resgatar mais animais enquanto a gente tiver essa dívida. A gente faz algumas promoções, para arrecadar dinheiro, como macarrão, e a rifa. Mas ainda assim a gente deve muito mais do que entra. E durante todo esse período de quarentena, a gente não parou de resgatar. E isso acabou que gerou uma grande quantidade de animais para doação e dívidas”, comenta ela.
“A gente nunca deixou de ajudar, a gente recebe muitos pedidos. Mas chegou um momento que a gente não tem mais saída. A gente fica chateado, por continuamos recebendo denúncia, pedidos de ajuda. Mas a gente tem que filtrar, meio que não atender mais. Porque, se a gente não impor um limite, não vai ter que como se reerguer. Então a gente tá precisando arrecadar esse valor de R$ 30 mil para continuar com os atendimentos”, finaliza Carina.
AMA Palmira Gobbi
Com mais de 50 animais abrigados, a AMA Palmira Gobbi já não consegue sustentar o volume de ração e vacinação, além de outras medicações, necessárias para o dia a dia no bem-estar animal. Entre as dificuldades da AMA, estão as grandes dívidas na aquisição diária de insumos em agropecuárias, clínicas veterinárias e fábricas de ração, conforme elenca a presidente Aiuara Ramos
“Uma das limitações, é o espaço físico, outra é o número de voluntário para dar conta do trabalho diário, de limpeza, de alimentação, troca de água e atenção. Outra limitação é a questão financeira para manter o abrigo em condições. E outra dificuldade é em relação ao termo de ajustamento de conduta que assinamos com o Ministério Público e a prefeitura. A gente tá vendo uma ausência muito grande do poder público, que é o grande responsável da fauna”.
“A AMA, hoje, tem seríssimos problemas financeiros, então a gente pede que a população em geral que ajude a AMA, e que, principalmente, venha conhecer. A AMA tem endereço onde podem ser vistos os animais abandonados, onde você pode ver onde a sua ajuda foi aplicada”, destaca Aiuara.
Outra dificuldade das ONGs é quanto ao número de voluntárias. A quantidade de profissionais que auxiliam, de graça, nas atividades é cada vez menor. As representantes das duas entidades frisam ainda que o número de abandonos de animais aumentou consideravelmente durante a pandemia e pedem conscientização por parte da população.
Tanto a ConAnimal, quanto a AMA Palmira Gobbi, são bastante atuantes durante o dia a dia nas redes sociais, ondem divulgam o trabalho feito e publicam as formas com que a população pode contribuir financeiramente. As páginas podem ser acessadas aqui: ConAnimal e Ama Palmira Gobbi.
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