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Com dívidas, ONGs protetoras de animais passam por dificuldades em Concórdia


ConAnimal e AMA Palmira Gobbi enfrentam problemas no trabalho diário.

Por Luan de Bortoli
22/09/2020 às 06h14 | Atualizada em 23/09/2020 - 07h40
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As organizações ligadas à proteção de animais abandonados em Concórdia vivem um momento de grande dificuldade agravado, entre outros motivos, pelo momento de pandemia causada pelo novo coronavírus. Diante da situação, há problemas no trabalho diário de resgate e proteção de cães e gatos realizado tanto pela ConAnimal, quanto pela Ama Palmira Gobbi.

A vice-presidente da ConAnimal, Carine Soares, conta que a ONG precisou suspender os resgates temporariamente até sanar todas as dívidas. A entidade tem como pendências financeiras cerca de R$ 30 mil. O valor vem se acumulando nos últimos meses. Durante a pandemia, o serviço aumentou e a ajuda diminuiu. A ação somente retornará depois que a dívida for sanada.

“Nós resolvemos, este mês, encerrar os atendimentos de resgate, porque estamos com dívida de R$ 30 mil. Acabou que ficou impossível a gente resgatar mais animais enquanto a gente tiver essa dívida. A gente faz algumas promoções, para arrecadar dinheiro, como macarrão, e a rifa. Mas ainda assim a gente deve muito mais do que entra. E durante todo esse período de quarentena, a gente não parou de resgatar. E isso acabou que gerou uma grande quantidade de animais para doação e dívidas”, comenta ela.

“A gente nunca deixou de ajudar, a gente recebe muitos pedidos. Mas chegou um momento que a gente não tem mais saída. A gente fica chateado, por continuamos recebendo denúncia, pedidos de ajuda. Mas a gente tem que filtrar, meio que não atender mais. Porque, se a gente não impor um limite, não vai ter que como se reerguer. Então a gente tá precisando arrecadar esse valor de R$ 30 mil para continuar com os atendimentos”, finaliza Carina.

AMA Palmira Gobbi

Com mais de 50 animais abrigados, a AMA Palmira Gobbi já não consegue sustentar o volume de ração e vacinação, além de outras medicações, necessárias para o dia a dia no bem-estar animal. Entre as dificuldades da AMA, estão as grandes dívidas na aquisição diária de insumos em agropecuárias, clínicas veterinárias e fábricas de ração, conforme elenca a presidente Aiuara Ramos

“Uma das limitações, é o espaço físico, outra é o número de voluntário para dar conta do trabalho diário, de limpeza, de alimentação, troca de água e atenção. Outra limitação é a questão financeira para manter o abrigo em condições. E outra dificuldade é em relação ao termo de ajustamento de conduta que assinamos com o Ministério Público e a prefeitura. A gente tá vendo uma ausência muito grande do poder público, que é o grande responsável da fauna”.

“A AMA, hoje, tem seríssimos problemas financeiros, então a gente pede que a população em geral que ajude a AMA, e que, principalmente, venha conhecer. A AMA tem endereço onde podem ser vistos os animais abandonados, onde você pode ver onde a sua ajuda foi aplicada”, destaca Aiuara.

Outra dificuldade das ONGs é quanto ao número de voluntárias. A quantidade de profissionais que auxiliam, de graça, nas atividades é cada vez menor. As representantes das duas entidades frisam ainda que o número de abandonos de animais aumentou consideravelmente durante a pandemia e pedem conscientização por parte da população.

Tanto a ConAnimal, quanto a AMA Palmira Gobbi, são bastante atuantes durante o dia a dia nas redes sociais, ondem divulgam o trabalho feito e publicam as formas com que a população pode contribuir financeiramente. As páginas podem ser acessadas aqui: ConAnimal e Ama Palmira Gobbi.




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