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Agropecuária

​Autoridades chinesas detectam covid-19 em carne suína


Todas as pessoas que tiveram contato com a carne suína devem informar o governo de Wendeng.

02/11/2020 às 06h53 | Atualizada em 02/11/2020 - 15h05
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Um distrito da província chinesa de Shandong detectou a covid-19 em uma embalagem de carne de porco importada do Brasil, de acordo com a agência Reuters.
As autoridades da província de Wendeng determinaram que todas as pessoas que tiveram contato com a carne suína devem informar o governo.

Não é a primeira vez que as autoridades chinesas detectam traços do vírus em carne brasileira. Em agosto, um lote de asas de frango exportado pela catarinense Aurora testou positivo.

Na ocasião, a detecção do vírus também foi associada à embalagem. A unidade da Aurora em Xaxim (SC), que produziu a carne de frango, teve as exportações à China suspensas, apesar da falta de evidências de que os alimentos transmitam a doença.
No caso da embalagem de carne suína que teria sido detectada em Shandong, ainda não há informações sobre o nome do frigorífico brasileiro que a produziu.

Para a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a contaminação pode ter ocorrido em uma das etapas do transporte do produto ao país asiático.

Em nota, a entidade sustentou que os indícios apontam que a contaminação não ocorreu no frigorífico que produziu a carne.

A ABPA ainda não tem todos os detalhes do caso ocorrido na China, mas está atuando junto ao governo brasileiro para auxiliar com informações.

A entidade lembrou, ainda, que não há evidências de contaminação por covid-19 a partir do consumo de alimentos.

Abaixo, a nota da ABPA na íntegra:

"A Associação Brasileira de Proteína Animal - ABPA está em contato com as autoridades brasileiras para apoiar o levantamento de informações sobre a ocorrência no distrito de Wendeng, na cidade de Weihai (China), divulgada pelas autoridades locais.

As informações divulgadas até aqui destacam que os traços de Covid-19 eventualmente encontrados estavam na embalagem de produto, o que indica que a contaminação deve ter ocorrido fora da unidade produtora - por exemplo, em uma das várias etapas de transporte até a chegada ao destino.

A ABPA lembra que não há evidências científicas de que a carne seja transmissora do vírus, conforme ressaltam a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)".


 


Fonte: Luiz Henrique Mendes, Valor — São Paulo




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