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Estiagem

Prejuízo milionário: estiagem em Concórdia é amenizada, mas somente será superada no decorrer de 2021


Perdas já passam dos R$ 60 milhões, conforme secretário de agricultura.

Por Luan de Bortoli
28/12/2020 às 06h09 | Atualizada em 28/12/2020 - 14h08
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A pior parte da estiagem já passou na região, mas a seca continua e os reflexos serão sentidos por mais um tempo. Conforme a Epagri Ciram, órgão estadual de acompanhamento meteorológico, Concórdia continua com pontos em estado de atenção em relação ao nível dos rios. Dos cinco pontos acompanhados, apenas um está em situação normal.

De acordo com o relatório do órgão, há ainda dois pontos em atenção para estiagem, um em alerta e, por fim, um em emergência, que é a pior classificação de todas. Em dezembro, conforme os dados da Embrapa Suínos e Aves, que também faz o acompanhamento, Concórdia teve, até agora, 154 milímetros de chuva, se tornando já o terceiro mês mais chuvoso do ano.

Conforme o secretário de agricultura de Concórdia, Mauro Martini, essa precipitação de dezembro ajudou bastante as propriedades rurais, com as pastagens rebrotando, possibilitando também o plantio de lavoura, além de permitir o depósito de água em reservatórios próprios. Mas ainda assim, é preciso atenção.

De acordo com Martini, os prejuízos da estiagem deste ano, considerada uma das piores da história, se estenderão por vários meses do próximo ano, pois as produções na agricultura e pecuária sofreram bastante e demoram para voltar à normalidade, especialmente por não conseguirem manter a qualidade. Há ainda o atraso da segunda safra ou da safrinha.

Ainda conforme o secretário, o prejuízo segue aumentado. O número anterior, que era de R$ 40 milhões, foi superado, e as perdas já chegam aos R$ 60 milhões, um valor histórico. Já quanto ao transporte de cargas de água, o número caiu bastante. De acordo com informações da prefeitura, são realizadas cerca de três cargas em média por dia. Esse número já foi de 40 cargas no auge da estiagem.




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