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Agricultura

​Produtores da região apostam no plantio de milho como alternativa estratégica e econômica


Clima favorece o plantio do cereal.

Por Lucas Villiger
09/11/2021 às 09h59 | Atualizada em 09/11/2021 - 20h00
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Devido às condições climáticas e financeiras, uma alternativa econômica dos produtores rurais da região está sendo voltada para o plantio de milho. Um insumo importante principalmente para a agropecuária, o milho está ganhando cada vez mais espaço na região, sendo uma solução interessante para esse momento de forte crise, inclusive com a estiagem perdendo força com a volta das chuvas.

Douglas Zago é do departamento técnico da Copérdia e também produtor rural e ele comenta sobre essa ascensão do plantio de milho na região. “Tem muitas áreas que o produtor acabou optando por aumentar o seu percentual de rotação com milho, um ponto pela atratividade financeira e também pela questão de melhorar o solo para plantios posteriores, pois temos uma região com grande plantio de soja, e se você introduzir milho em um ano, a possibilidade de conseguir boas produtividades de soja nos anos seguinte é melhor”, discorre. “E outro ponto são os produtores que fazem a safrinha, nós temos aqui na nossa região alguma coisa de safrinha de feijão, está iniciando alguma coisa de soja também, então o pessoal plantando milho mais cedo consegue colher esse milho e fazer o plantio posterior de feijão ou da soja”, completa Douglas.

Como a região é grande produtora de leite e proteína animal, o milho se torna muito importante para esses setores, como comenta Douglas. “Na verdade temos deficit de volume de milho, assim acabamos trazendo muito milho de outras regiões, então conseguindo fomentar essa produção pensando no negócio de proteína animal que temos na região será positivo”, avalia. “O consumo de ração é muito elevado, a própria bovinocultura de leite está com um consumo grande de ração, então isso demanda milho e quando você consegue unir o útil ao agradável do produtor fazer a rotação, de ter rentabilidade e jogar esse milho para a agroindústria todo mundo ganha”, finaliza Douglas.

Somando os dois períodos fortes de estiagem, entre o fim do ano passado e início deste, os prejuízos em Concórdia foram superiores a R$ 100 milhões. Já na região toda, passou de R$ 215 milhões. O primeiro semestre deste ano teve quantidade de chuva bem abaixo do esperado, se tornando um dos mais secos da história. A chuva só voltou a ter um volume dentro da média, em setembro, mantendo em outubro.
 
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