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Agropecuária
Presidente da ACCS avalia abertura de mercado para carne suína ao Canadá
Apesar da novidade, Losivanio pede cautela para os produtores no tocante ao volume de produção.
"Realmente recebemos uma notícia muito importante que é abertura do mercado canadense para exportação da carne suína. O Canadá não diferente dos Estados Unidos e do Japão, só compra carne suína de países ou estados livre de febre aftosa sem vacinação. Apesar de outros estados ter conseguido essa certificação pela organização internacional de epizootias, mas Santa Catarina ainda tem o diferencial porque somente nós é que brincamos os bois, bota o brinco para saber identificação do rebanho bovino, de onde veio a origem e tem que ser de Santa Catarina. Então, isso faz a diferença para que a gente tenha também uma valorização a mais", destaca Losivanio.
"É claro que é bom comemorar porque isso é resultado de um trabalho de décadas de produtores, governos, agroindústrias e que chegamos a esse status, acima de tudo mantendo ele com tanta coisa ruim, com tantas enfermidades acontecendo ao redor do mundo e, como o mundo é globalizado, hoje você está aqui, depois da manhã está na China, então isso sempre traz um risco de disseminação de doenças sabendo que vários países estão com inúmeras doenças na área da suinocultura, a gente tem que comemorar sim", completa o presidente da ACCS.
Apesar de mais essa conquista para o mercado suinocultor, o presidente da ACCS alerta que a suinocultura ainda passa por instabilidades e, muitos produtores, continuam acumulando prejuízos devido ao alto custo de produção.
"Atualmente estamos amargando um prejuízo muito forte na atividade. Desde o ano passado, R$ 110,00 por animal produzido e entregue, esse ano já chegamos a R$ 250 por animal. O milho e farelo de soja que são os principais insumos que estão sendo usados para produção de suínos aumentaram muito na pandemia e, também, por essa seca, tudo que aconteceu em vários estados produtores brasileiros e países vizinhos. Então, é lamentável a situação que nós estamos vivendo e não temos um governo que nos auxilia", lamenta.
Apesar da novidade, Losivanio pede cautela para os produtores, pois acredita que o mercado do Canadá não vai ser a salvação para a atual crise.
"Precisamos comemorar, mas isso não vai resolver o problema da crise a curto e médio prazo, porque apesar de o mercado estar aberto, os Canadenses são grandes produtores e vão importar se eles conseguirem, exportar a carne deles para outros países, aí vão comprar nossa para consumir", explica.
"O momento é de cautela, de diminuir o peso de abate dos animais em 10 a 15 Kg, porque nesse momento está indo muita matriz para abate está elevando excesso de carne no mercado e, cada vez mais, os nossos produtores amargando prejuízos. Precisamos acreditar, mas ter consciência de como trabalhar e, menos produção é mais dinheiro no bolso, isso é histórico e a gente às vezes esquece disso", finaliza.
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