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Saúde
Anvisa analisa cinco testes para diagnosticar varíola dos macacos
Entre os pedidos de registro, estão dois kits de diagnóstico molecular do vírus
Dentre os pedidos de análise, dois se referem a kits produzidos pela FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Segundo a Agência Brasil, um dos kits produzidos pela Fiocruz, chamado kit molecular monkeypox, é capaz de fazer a identificação das duas cepas do vírus que circulam de forma endêmica no continente africano. Apenas uma delas, a da África Ocidental, é a responsável pelo surto em outros continentes.
O teste é do tipo PCR. Ele consegue identificar o DNA desses dois tipos de vírus em amostras retiradas das erupções cutâneas presentes no indivíduo com suspeita de infecção. Isso é feito com um pequeno cotonete passado levemente nas feridas causadas pela doença.
O segundo teste relaciona o vírus da varíola com outros vírus e descarta qual deles foi confirmado.
Com os testes, será possível adotar dois protocolos: no protocolo 1, com o teste Monkeypox, é feita a detecção e tipagem do monkeypox. Em caso de teste negativo, o protocolo 2 aumenta a possibilidade de esclarecimento do diagnóstico com a utilização do teste diferencial.
Segundo a Fiocruz, isso é importante para a vigilância epidemiológica no Sistema Único de Saúde. O laboratório Bio-Manguinhos, da Fiocruz, já produziu o suficiente para realizar 12 mil testes em casos suspeitos e afirma ter condições de escalonar a produção desses kits sem prejudicar o fornecimento de outros produtos de seu portfólio.
Cinco testes na Anvisa
A Anvisa está com cinco pedidos de registro de produtos para o diagnóstico de varíola dos macacos.
Segunda a pasta, os dois primeiros produtos foram Viasure Monkeypox Virus Real Time PCR Detection Kit, fabricado na Espanha pela empresa CerTest Biotec, e Monkeypox Virus Nucleic Acid Detection Kit, fabricado na China pela empresa Shanghai BioGerm Medical Technology.
Ambos são ensaios moleculares, passaram pela avaliação do corpo técnico da Anvisa e aguardam complementação de informações por parte das empresas solicitantes para continuidade da análise.
O terceiro produto, que teve o pedido de registro feito no dia 8 de agosto, também é um ensaio molecular e corresponde ao Standard M10 MPX/OPX, que tem como fabricante legal a empresa nacional Eco Diagnóstica, mas parte da sua produção é feita em outro país. A análise técnica da documentação está em curso.
Os pedidos mais recentes deram entrada na quarta-feira (10). Um deles, o Monkeypox Virus Antigen Rapid Test, o primeiro pedido relacionado a teste rápido para detecção de antígeno, fabricado pela empresa chinesa Shanghai BioGerm Medical Technology, e o produto Kit Molecular Monkeypox (MPXV) Bio-Manguinhos, fabricado no Brasil pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos.
Em nota, a Anvisa destacou que a prioridade é a avaliação de todos os pedidos de registro de produtos para diagnóstico in vitro que possam ser utilizados como recurso para o enfrentamento da monkeypox [varíola dos macacos, em inglês].
Fonte: ND+
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