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Agricultura

Aumenta índice da população de insetos infectados e cigarrinha do milho em Santa Catarina


Pesquisadora alerta para ações de combate à praga que preocupa produtores rurais.

Por Rafael Martini
02/09/2022 às 10h44 | Atualizada em 02/09/2022 - 14h02
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O estado de Santa Catarina observa um aumento da pressão de cigarrinhas do milho nos últimos anos, fator que já assusta os produtores catarinenses e pode provocar diminuição de área plantada já na safra 2022/23.  Segundo a pesquisadora para agricultura familiar da Epagri/Cepaf, Maria Cristina Canale, as armadilhas montadas em lavouras por todo o estado mostra uma média de 40 a 50 cigarrinhas em cada adesivo, patamar bastante elevado.
 
"Na safra retrasada nós tivemos uma pressão gigantesca, foi o que assustou de fato em campo o nosso agricultor. Já na safra passada, percebemos que não tinha tanta cigarrinha no campo, mas nesse ano, a situação voltou a ficar preocupante. Nós observamos um grande número de cigarrinhas na situação de entressafra e pré-plantio. Tá bem preocupante.", relata a pesquisadora. 

Diante deste cenário, cresce a necessidade de atenção as práticas de defesa e controle da cigarrinha. Entre elas, Canale destaca a escolha de híbridos mais tolerantes, utilização de sementes tratadas com inseticidas, duas aplicações de químicos na emergência das plantas e monitoramento constante das lavouras.
 
"Nós temos os Técnicos da Epagri e os Fiscais da CIDASC que vão a campo semanalmente, fazem as trocas de armadilha aquelas armadilhas adesivas e são encaminhados com urgência até o nosso laboratório onde fizemos a contagem de cigarrinhas que foram capturadas nesses cartões. Alguns insetos são removidos e o diagnóstico é feito por PCR dos patógenos que são transmitidos pela cigarrinha.", indica.

Além do aumento populacional, também está sendo registrado uma elevação no índice de insetos contaminados com doenças que poderão ser transmitidas às plantas. Esses indicadores são resultados das análises efetivadas pela Epagri que em um prazo de 5 ou 6 dias após o recolhimento das armadilhas já tem os laudos em mãos.

"Esse trabalho é muito dinâmico porque envolve as pessoas que estão no campo fazendo as trocas de armadilha, envolve também a parte de laboratório e tudo isso é feito muito rápido. Todo esse tempo de troca de armadilha até o exame final do inseto, em 5 ou 6 dais nós já temos os resultados", explica.

A cigarrinha-do-milho, considerada uma das principais pragas da cultura, têm gerado preocupação entre pesquisadores e produtores rurais. Especialistas afirmam que superá-la é o grande desafio para o Brasil avançar em termos de produtividade do cereal.
 
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Fonte: Com informações do portal Notícias Agrícolas.




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