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Análise

"ALGO ESTRANHO NO AR", por Laercio Grigollo


Nesta Análise, o consultor fala sobre as queimadas da Amazônia.

Por Redação
17/09/2022 às 06h16
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O amigo leitor certamente percebeu na semana passada “algo estranho no ar”. Para ser mais objetivo, algo já não mais tão estranho!!! O que se viu outra vez, foi a fumaça das queimadas do norte do Brasil que chegaram em nossa região com toda sua capacidade de modificar a própria natureza e causar ainda mais problemas para quem  já os tem, pois há quem tenha visto o fenômeno mas outros tantos sentiram seus efeitos na pele. Aqueles que sofrem de doenças alérgicas respiratórias certamente tiveram um dia mais difícil do que as suas dificuldades normais diante da condição de saúde.

Mas pense, caro leitor!!! Como seria viver dias e dias assim, com o sol escondido atrás da densa fumaça acumulada na atmosfera, com a estranheza das cores diferentes da natureza a qual estamos habituados. E se nada for feito, isso pode se tornar uma realidade. Nas noites não ver o sol por uma condição natural e nos dias não ver o sol por uma condição provocada pela irresponsabilidade e irracionalidade do homem que não tem nenhum senso do risco a que expõe o planeta e seus semelhantes. 

Pense, caro leitor, na quantidade de mata e fauna queimada e no volume de fumaça com toda carga de gases tóxicos, consequentemente poluentes!!! Pensa nos milhares de quilômetros de estragos, pois sabemos que tudo o que emanamos para a atmosfera para algum lugar vai e os danos virão ou de imediato, ou a médio ou longo prazo. Eu estou aqui escrevendo e pensando, quem serão esses homens que provocam isso? Que nível de consciência e senso de convivência comunitária tem alguns humanos para não considerar que eles não vivem sozinhos nesse planeta? Que os danos e os prejuízos irão impactar outros?

E se ano após ano, essas ações destrutivas acontecem, por que outros homens, os quais chamamos de autoridades, não tomam alguma providência mais austera? Legislação mais severa, multas mais significativas e muita fiscalização, principalmente. Mas me parece que numa pauta de ações essenciais para a sociedade, tem mais prioridade para um ministro do STF suspender o piso salarial de uma categoria profissional que justamente cuida da saúde de pessoas, do que encaminhar ações mais efetivas para tentar mudar um cenário que será catastrófico para a humanidade e que não tem fronteiras.

Segundo o site worldometer, nesse ano já foram destruídos três milhões e meio de hectares de florestas ao redor do planeta, com mais de seis milhões de toneladas de resíduos tóxicos deixados no meio ambiente, mais de 25 bilhões de toneladas de CO2 liberados na atmosfera... As queimadas são práticas de anos, que se intensificaram nos últimos, para a retirada da floresta e limpeza dos terrenos a serem explorados. Essas queimadas são responsáveis pela devastação do ecossistema, são severos e quase sempre irrecuperáveis os danos ao equilíbrio ambiental com escalas globais.

Prova disso e para quem não acredita na destruição, foi essa fumaceira que presenciamos na atmosfera. Há algum tempo atrás eu diria: “não acredito que essas coisas vão continuar assim, cada vez pior". Hoje eu digo que nada está tão ruim ainda, que não vá piorar. 

LAERCIO GRIGOLLO -  Privacy and Data Protection Níveis Essentials & Foundation  
CONSULTORIA EMPRESARIAL GRIGOLLO CONSULTING




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