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Análise

​"​ESTATISTICAMENTE FALANDO...", por Laercio Grigollo



Por Redação
24/09/2022 às 06h10 | Atualizada em 25/09/2022 - 07h47
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​O amigo leitor está acompanhando em toda a mídia nacional o assunto eleições 2022 e certamente vendo outra vez os Institutos divulgando resultados de suas pesquisas, que, cada vez mais, têm menos credibilidade. Lembro sempre da tese... A relação de uma variável com outra variável não é uma coincidência, é na verdade uma representação matemática da confiabilidade das estatísticas. Na verdade. amigo leitor, esse momento eleitoral é o auge dessa relação onde vários números expostos ao grande público nem sempre ratificam essa tese. 

Ao contrário do entendimento que é passado, pesquisas eleitorais não servem para prever o resultado de uma eleição. Pesquisa mede a intenção de voto no momento em que é feita mas que o eleitor pode mudar de ideia até o momento de entrar na cabine de votação. Essa decisão do eleitor é sempre uma incógnita. Ele pode expressar verbalmente uma opção e pode mudá-la no ato do seu voto.

Nas eleições de 2018 ficou evidente que o resultado das pesquisas com seus dados levantados e as estatísticas divulgadas não significaram confiabilidade matemática. Outras variáveis influenciaram o resultado final nas urnas, portanto, a pesquisa eleitoral é um retrato do momento.

Outra questão é que a população no Brasil é heterogênea, com importantes diferenças entre o perfil do brasileiro do Sul com o do Nordeste e na mesma lógica com os brasileiros das demais regiõe. Portanto, para que a amostra pesquisada represente bem essa medição estatística, é preciso uma composição muito bem escolhida que equilibre essa heterogeneidade. Estados com maior população e outros com menor, mulheres, homens, jovens, velhos, religião, condição econômica, pessoas de maior ou menor renda, tudo isso se configura como variáveis a serem  consideradas e eu não sei se são! 

O fato é que boa parte das pesquisas eleitorais hoje são tendenciosas, representam o interesse de grupos e longe de manterem a isenção necessária para maior credibilidade e principalmente para o bom uso dos dados pelos próprios partidos e candidatos, possibilitando corrigirem suas rotas e planejamentos durante o pleito eleitoral.

​Não sou contra as pesquisas, os dados são necessários sim, desconhecer números é quase que um voo cego em relação ao gerenciamento de uma campanha, porém como garantir que esses dados sejam fidedignos? Dados que de fato representem a verdadeira opinião do eleitor, capaz de ajudar no processo? Entretanto, caro leitor, vejo uma prática conduzida absolutamente de forma parcial, que analisa apenas parte da situação afim de favorecer uma parcela de candidatos e partidos em detrimento daquele que deveria ser o protagonista do pleito eleitoral... O eleitor. 

LAERCIO GRIGOLLO -  Privacy and Data Protection Níveis Essentials & Foundation  
CONSULTORIA EMPRESARIAL GRIGOLLO CONSULTING




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