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Análise

"​BÚSSOLA MORAL", por Laércio Grigollo


Na análise de hoje, Laércio fala sobre como reconhecer pessoas boas e más.

Por Redação
15/10/2022 às 09h58 | Atualizada em 16/10/2022 - 06h36
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Os valores morais são juízos construídos numa sociedade e fundamentados no bem e no certo conforme o senso comum. Porém, podem alguns fazer uso para o mal e o errado. Os Seres humanos são dotados de senso moral com base na experiência procurando formar um senso comum. A multiplicação desse conhecimento está relacionada às regras que normatizam a convivência. Julgar de que modo se deve agir, comportamentos aceitáveis ou inaceitáveis, são sempre atribuições de valor a essas ações. 

Para que exista uma vida em curso normal numa sociedade os indivíduos compartilham destes valores morais que, em diferentes tempos e gerações, distinguem indivíduos bons e maus. Mas, caro leitor, o que vem a ser uma pessoa boa e uma pessoa má? Mais fácil de reconhecer, as más em geral são egoístas, orgulhosas, nunca perdem oportunidades de prejudicar os outros sem pudor, se aproveitam de todas as situações para levar vantagem, ganham as coisas de forma desonesta e assim segue uma longa lista. A verdade é que, na vida real, uma parte dessas pessoas se dá bem porque o ambiente em que elas agem facilita suas intenções e ações. Enquanto as pessoas do bem se recolhem na omissão e no silêncio justamente para  estar longe de embates e conflitos, as pessoas do mal seguem com suas perversidades.

Martin Luther King já dizia... "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons".  Não é simples definir um padrão para a bondade ou maldade. Ao analisarmos a índole das pessoas, corremos o risco de errar  porque não temos a capacidade de ver tudo o que se passa na intimidade de cada um.  Muitas aparentam bondade com o objetivo de conseguir alguma coisa. São bons atores, usam seus atos dissimulados para obterem alguma vantagem. Nesses casos, a bondade, a ética, o bom caráter são apenas uma “superficial aparência”.  Basta surgirem empecilhos aos seus planos, ameaças aos seus interesses pessoais e a máscara cai, surgindo  a verdadeira personalidade, revelando sua natureza má.

Pois essas pessoas, caso tivessem o poder, certamente o usariam da forma mais inadequada possível com as maneiras corretas de ser. O caro leitor já ouviu essa frase: Se quer conhecer uma pessoa, dê poder a ela... É a oportunidade de se mostrarem tal como são.  Gosto muito do filósofo pensador Immanuel Kant quando dizia que os talentos do espírito, como o discernimento, a capacidade de julgar, a argúcia de espírito e as qualidades do temperamento como a coragem, constância de propósito e o comprometimento, são sem dúvidas coisas boas e desejáveis, mas também podem se tornar extremamente más e prejudiciais se a vontade que haja de fazer uso destes dons não for com base num bom caráter...

Então, caro leitor, nestes tempos confusos, vendo e sentindo tantas maldades, aprimore sua capacidade de observação das pessoas porque é certo que muitos ditos oprimidos, ao invés de lutarem pelo justo, anseiam em se tornarem opressores, sonham um dia terem as mesmas condições de seus algozes e ser como eles a oprimir outros. Tome cuidado com os “rótulos” da bondade...

LAERCIO GRIGOLLO -  Privacy and Data Protection Níveis Essentials & Foundation  
CONSULTORIA EMPRESARIAL GRIGOLLO CONSULTING




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