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"UM RESTO DE FÉ...", por Laercio Grigollo
Na análise de hoje, comentarista fala sobre o nível das eleições deste ano.
O nível da campanha eleitoral apresentada para a população foi sofrível, tanto de um lado, quanto do outro. Só vi acusações alimentadas por um passado recente e vergonhoso dos nossos políticos. No viés da justiça eleitoral a falta de ações mais efetivas quanto à definição de novas regras para a campanha seguir um caminho inteligente com apresentações de planos de trabalho dizendo o que fazer e como fazer as melhorias. A falta daquela qualidade tão importante para quem controla o processo eleitoral no país, a imparcialidade, também foi bastante perceptível aos olhos e ouvidos de quem acompanhou os desdobramentos.
Temas e pautas em cima de fake news, um descontrole emocional absurdamente inadmissível dos candidatos que, como se espera de pseudo líderes, não tem mais o que oferecer para a população, se não encenações, reforçando só fatos negativos com o uso e abuso daquilo que o outro fez de errado. Raras propostas e de falso teor, sem conteúdo real e concreto, nada de novo, sempre as mesmas falácias. Aliás, Aristóteles definiu a chamada falácia formal como um sofisma, ou seja, um raciocínio errado que tenta passar como verdadeiro, normalmente com o intuito de ludibriar outras pessoas.
Confesso, caro leitor, me foge do peito um resto de fé, um resto de esperança de que esses homens tenham um dia a decência e a capacidade de fazer política diferente, de forma que o povo tenha através da razão, a ciência do que cada um tem a oferecer de concreto e real e não em condições insidiosas. Caro amigo leitor, eu estou falando do nível da campanha eleitoral e não do resultado das eleições. Resultado de eleições é sempre só resultado de eleições, já aconteceu, precisamos ver o que virá daqui para frente, o que ainda vai acontecer. Até porque nesse momento em que escrevo o artigo, sábado, ainda não sei o resultado final das urnas.
Mas, enfim, a campanha terminou e como dizia Patativa do Assaré! ...Já, já, descamba janeiro, depois fevereiro e o mesmo verão, meu Deus, meu Deus, então o povo pensando consigo, diz isso é castigo não muda mais não. A coisa tá feia, será que por terras alheias nós vamos vagar? Trabalho dois anos, três anos e mais anos, sempre nos planos de um dia melhorar, meu Deus, meu Deus, mas nunca ele pode, só vive devendo e assim a sofrer vai sofrendo a vagar. Faz pena esse povo, tão forte, tão bravo, viver como escravo do norte ao sul desse enorme e desigual país.
LAERCIO GRIGOLLO - Privacy and Data Protection Níveis Essentials & Foundation
CONSULTORIA EMPRESARIAL GRIGOLLO CONSULTING
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