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Agricultura

“Nosso trabalho é trazer rentabilidade ao pequeno agricultor”, afirma presidente da Saborense

Wolmir de Sousa afirma que o Agronegócio "respira ares de instabilidade"

Por Rafael Martini
10/01/2023 às 06h47 | Atualizada em 10/01/2023 - 15h45

FOTO: Suinoculturaindustrial/Divulgação.

Considerado o setor que lidera a retomada econômica no Brasil, o Agronegócio inicia o ano de 2023 com incertezas. A mudança no Governo Federal e os altos custos dos insumos, preocupam os produtores rurais.

Em Santa Catarina, a situação também não é diferente. Conforme o presidente da Cooperativa de Produção e Consumo Saborense, Wolmir de Sousa, o setor "respira ares de instabilidade". "De certa forma até de insegurança, percebemos em outros setores estadual e nacionalmente, no agronegócio, nas pequenas indústrias não tem diferido, a turbulência governamental em que vivemos acaba nos atrapalhando os nossos propósitos", lamenta.

"Porém, as perspectivas são sempre positivas. Estamos vivenciando um momento pós-Pandemia, embora algum caso pontual, mas estamos enfrentando e superando com muita tranquilidade, e isso nos deixou um grande aprendizado", completa.

Wolmir de Sousa destaca que, atualmente, o perfil dos consumidores de produtos oriundos do campo tem mudado, dando preferência aos mais naturais possíveis. O presidente da Saborense salienta que o propósito da Cooperativa é trabalhar em favor do pequeno produtor.

"Os consumidores estão mais exigentes e a busca por produtos regionais com apelo mais artesanal e familiar com o menor índice de conservantes. O foco do nosso trabalho é ajudar o pequeno produtor, pequenas agroindústrias, com a venda de itens mais artesanais, muito deles congelados. Isso corresponde os anseios dos consumidores", revela.

Por fim, Wolmir diz que o cenário atual ainda demonstra insegurança aos produtores, onde muitos não estão dispostos a realizar novos investimentos nas propriedades rurais. Diante das incertezas, o objetivo da Saborense é oferecer mais uma opção de renda aos agricultores.

"Sem dúvida levar renda ao agricultor no campo aquele que produz o suíno, leite, o bovino e levar também lucro, rentabilidade para pequena indústria para o pequeno empresário familiar e isso requer dos propósitos muito claros que é onde nós trabalhamos ser de fato sim uma agregação de valor ao produto final e uma distribuição de renda e cooperativismo é o modelo que de fato e são os mecanismos que nós temos ali cessado, mas continuamos em pé quanto aos nossos propósitos, crescendo trazendo os novos associados, trazendo mais produtos trazendo e mantendo propósito na agregação de valores na distribuição de renda", explica.

"Estamos no mesmo barco, no mesmo país chamado Brasil e queremos acreditar que essa turbulência passe e que de fato o governo acertar os ponteiros e que todo o esforço todo trabalho feito pela sua sociedade não seja em vão, então continuamos com expectativa positiva, acreditamos no cenário positivo. Porém, esse momento de instabilidade certa forma ainda preocupa muito", finaliza.

A Cooperativa de Produção e Consumo Saborense reúne 46 associados (empresas alimentícias do ramo da proteína animal de pequeno e médio portes) que abatem 6.421 bovinos por mês, 75.355 suínos, 3.009 ovinos e processam 1,2 milhão de litros de leite a cada mês. Essas empresas mantêm 1.828 empregados diretos e obtêm faturamento mensal da ordem de R$ 79,8 milhões de reais, representando uma receita operacional bruta anual de R$ 1,041 bilhão de reais.

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