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LAERCIO GRIGOLLO - Privacy and Data Protection Níveis Essentials & Foundation

Por Lucas Villiger
18/02/2023 às 14h04
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O amigo leitor já teve aquele sentimento de pânico em perceber-se sem o  celular?  O esquecimento do aparelho em casa naquela saída com pressa, atrasado na primeira hora da manhã  já em deslocamento para o trabalho e de repente você se dá conta de que alguma coisa indispensável está lhe faltando no corpo, além das roupas,  quando conclui que é o celular, a adrenalina sobe, a ansiedade e o pânico aparecem. Esse tipo de sentimento hoje é mais comum do que se imagina e em alguns casos essas reações indicam um problema muito mais grave, que é conhecido como nomofobia ou o medo de ficar sem o telefone celular, que também ocorre quando você está com o aparelho, porém num local sem sinal, onde nenhuma rede social funciona. Essa sensação de desconforto, segundo pesquisas da Universidade Federal do Rio de janeiro, aparece em 34% das pessoas usuárias que admitem ficar ansiosas longe do seu telefone ou em lugares sem sinal e 54% afirmam que sentem medo por não estarem de posse do aparelho estejam onde estiverem.  A Nomofobia, o pânico ao ficar sem o aparelho de celular ou sem sinal para acesso as redes sociais é um assunto sério e que precisa ser tratado, em alguns casos até por profissionais especializados em saúde mental, pois assim como o vício em drogas, a necessidade de estar conectado nas mídias sociais durante a maior parte do dia também pode causar danos emocionais e requer tratamento. Nesses tempos tecnológicos, algumas cenas antes incomuns passaram a ser corriqueiras em nosso dia a dia, como em uma mesa de restaurante onde  amigos estão sentados, mas apenas alguns deles conversam entre si, os outros estão focados nos celulares. Em casa, após um longo e cansativo dia de trabalho, o casal senta no sofá para descansar e se distrair, mas, ao invés de compartilharem do filme que está passando na TV, conversarem sobre seu dia ou mesmo trocarem carinhos, cada um cuida e alimenta freneticamente suas redes sociais com o celular ou computador nas mãos. Nas ruas, nas praças, nos carros, em todos os lugares as pessoas estão frequentemente com a cabeça curvada para baixo de olho no celular, conectados em alguma rede social, cegos aos perigos iminentes.  Já li sobre o extremo do vício digital onde uma família em casa prefere conversar pelo whatsapp, quem está na sala fala com o outro que está no quarto pelas redes sociais. No ambiente de trabalho acontece a mesma situação, algumas pessoas não falam mais a moda antiga, usando a boca, conversam digitalmente. Nem mesmo diante dos malefícios pelo uso extremo e compulsivo do celular,  nem mesmo diante da exposição aos ladrões que hoje buscam roubar aparelhos dos mais distraídos colocando em risco sua integridade física,  registra-se um recuo nos hábitos de uso e sim,  ganhando cada vez mais espaço pelo medo das pessoas de estarem perdendo alguma novidade...

 


Fonte: CONSULTORIA EMPRESARIAL GRIGOLLO CONSULTING




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