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Economia

Comentário de André Perfeito: Galípolo no BCB não fará os juros cair, mas vai abrir o contraditório


"Os preços ao consumidor também recuaram."

Por Lucas Villiger
09/05/2023 às 08h07
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Algumas notícias dão conta que o atual Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, o economista Gabriel Galipolo, deve assumir a diretoria de Política Monetária. A escolha dele não fará os juros caírem antes do que a atual diretoria do Banco Central imagina como adequado, mas sem dúvida abre o contraditório dentro do COPOM e encaminha a discussão no sentido de trazer outros elementos para a mesa do colegiado.

Galipolo, além de ser um executivo experimentado. O mercado financeiro e com sólida formação econômica, tem uma característica importante para este momento de transição: ele é hábil politicamente o que irá ajudar a conciliar as rusgas entre BCB e Planalto o que por sua vez pode “colocar a bola no chão” deste debate estéril que surgiu na condução de curto prazo da SELIC.

Salvo alguma nova evidência que a inflação corrente está cedendo mais rapidamente que o esperado ou as expectativas se ancorem mais firmemente que o previsto tudo indica que cortes na SELIC acontecerão apenas no segundo semestre de 2023.

Vale notar que hoje o IGP-DI recuou 1,01% e que no mês anterior havia sido outra deflação, de 0,34%. Os preços ao consumidor também recuaram, no mês passado havia sido 0,74% de alta e agora foi 0,5% positivo.

Também importante apontar que após semanas com alta mas projeções de IPCA o FOCUS de hoje apresentou queda para o final de 2023.

O mercado pode até especular que essa mudança irá tornar a política monetária mais expansionista, mas há evidências de sobra que o novo diretor não age de maneira monocrática. Haverá muita negociação e parcimônia na sua gestão.


Fonte: NECTON




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