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O PERFIL DO DELINQUENTE

Laércio Grigollo

Por Rafael Martini
20/05/2023 às 06h00 | Atualizada em 20/05/2023 - 09h00

FOTO: Laercio Grigollo/Divulgação

Depois de algum tempo você aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... Num dos seus sábios discernimentos sobre alguns tipos de humanos, Willian Shakespeare escreveu essa definição que transpõe a fronteira do tempo e serve de comparativo até os dias de hoje e olha que faz tempo. Os eventos que irei relatar também ocorrem á muito tempo e na semana passada mais uma vez, de tantas outras, viraram fatos impressos nas páginas dos principais jornais do país.
Um balão, desses caseiros, que pessoas fazem e soltam a deriva no espaço caiu e pegou fogo ao atingir uma aeronave no pátio do aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro, o avião estava sendo abastecido com combustível no momento do incidente. Foi a segunda ocorrência no mês e os bombeiros estão fazendo uma campanha de conscientização para as pessoas não praticarem esse ato, que é crime e tem pena prevista de um a três anos de prisão. Amigo leitor, quem faz uma coisa dessas sabe exatamente dos riscos, pois faz tempo que acidentes com balões acontecem, muita floresta já queimou por conta disso. Eu me pergunto como funciona a cabeça dessas pessoas quando, sabendo do risco de matar outras pessoas, ainda assim cometem o delito.
Bem aquém dos tempos de Shakespeare, mas já fazendo muito tempo, uma brincadeira legal de criança tornou-se uma armadilha mortal, passar cerol nas linhas de pipas fazendo da inocente linha que comanda o voo da pipa uma arma mortal principalmente para motoqueiros. As pessoas que fazem isso sabem bem do risco que expõem outras pessoas e que o acidente pode ser fatal como foi para muitos desafortunados, mas continuam fazendo. Ainda assim, cometem o delito.
Em certa época do ano algumas muitas pessoas se divertem, veja só, correndo atrás de um boi, batendo e ferindo com a finalidade de deixar o animal furioso para perseguir as pessoas que estão na farra, que muitas vezes também sofrem acidentes graves na fuga e não são poucos os casos de mutilação e morte, ou do animal perseguidor que por vezes está em fuga ou dos animais humanos perseguidos e as pessoas sabem que é proibido, que é perigoso e abominável, mas continuam fazendo. Ainda assim, cometem o delito.
Abusos e transgressões nas vias públicas, nas bebedeiras em locais públicos, nas arruaças e barulho de som alto, gritos, roncos de carros e motos com escapamento fora dos padrões legais desrespeitando sem nenhum peso na consciência os moradores e pessoas idosas, que se obrigam conviver com o vandalismo de delinquentes que sabem estar transgredindo leis e desrespeitando os direitos dos outros, mas que ainda assim continuam cometendo os mesmos delitos. É como diz Shakespeare, algumas pessoas simplesmente não se importam. Meu amigo leitor eu sei que estou escrevendo artigos não muito suaves, muito leves, pois nem sempre posso falar como convém mas posso lhe dizer como diz um outro filósofo, esse brasileiro... Não se preocupe meu amigo com os horrores que eu lhe digo, isso é somente uma canção, a vida realmente é diferente. Quer dizer, ao vivo é muito pior.

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