A Rádio Rural conversou com o meteorologista da emissora e engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho do Prado, que analisou a tendência do clima para os meses de maio a julho e destacou mudanças importantes em relação aos invernos anteriores.
De acordo com o meteorologista, o Oceano Pacífico apresenta condições de neutralidade fria, um comportamento semelhante ao fenômeno La Niña, o que influencia diretamente o clima na região Sul do Brasil. Esse cenário deve resultar em oscilações acentuadas de temperatura ao longo da estação.“É o inverno que já está começando agora. De meados de maio para frente, começa o inverno. Ele será diferente dos dois últimos, porque vamos ter um frio mais constante. O ano passado, abril e maio não tiveram praticamente frio nenhum. O frio só foi aparecer na região no final de junho. Esse ano não. Já estamos tendo madrugadas frias”, explicou Coutinho.
Ainda segundo ele, o inverno deste ano será mais próximo do normal ou até um pouco mais frio, o que pode ser benéfico para vários setores, especialmente o agrícola.“O agricultor vai ter que ficar prevenido em relação à muita irregularidade na chuva e também na temperatura. Vai ter alguns dias de calor intercalados com vários períodos de frio até forte. Provavelmente a região de Concórdia deve registrar uma ou outra temperatura negativa durante o inverno, com geadas também fortes, algo que praticamente não ocorreu no ano passado”, alerta Coutinho.
Com base nessas projeções, produtores rurais devem revisar o calendário de plantio, monitorar os níveis de umidade do solo e ficar atentos às recomendações técnicas para manejo de culturas durante os períodos mais críticos.“Será um bom inverno para o comércio, e também para os cereais de inverno como trigo, cevada, centeio, aveia e azevém, além da fruticultura”, avaliou o especialista.
Diante do cenário de instabilidade e frio mais acentuado, a recomendação é acompanhar os boletins meteorológicos atualizados e planejar ações preventivas, tanto no campo quanto na cidade.